O governo que anexou os pobres à classe média acaba de inventar o mendigo rico
Respondendo ao comentário ridículo que me enviaram: "Chupa: o governo Lula (sic) tirou 30 milhões de brasileiros da pobreza!". Não, meu amigo, ele só descobriu um jeito mais interessante de realizar os cálculos! Leiam o que segue:
"Com a entrada em cena de Wellington Moreira
Franco, o interminável espetáculo do cinismo descambou para o terreno
da galhofa. Único integrante do primeiro escalão que jamais conseguiu
uma conversa a dois com Dilma Rousseff, o (segundo o cartão de visitas)
Ministro-Chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da
República resolveu chamar a atenção da chefe com uma vigarice
estatística de deixar ruborizado até dono de instituto de pesquisa.
Graças ao ministro do Nada, foram extintos os pobres que restavam no
Brasil Maravilha.
Neste 29 de maio, Moreira Franco revelou que, a partir de agora,
pertencem à classe média todos os brasileiros cujos rendimentos
individuais alcancem de R$ 250 a R$ 850. São 48% ─ quase metade ─ da
população. Como explicar a proeza assombrosa? O ministro se dispôs a
decifrar o enigma em dilmês castiço: “A classe média foi delimitada
ainda de acordo com o grau de vulnerabilidade, ou seja, a probabilidade
de retorno à condição de pobreza, definido como o percentual de pessoas
que vivem em locais cuja renda per capita caiu abaixo da linha de
pobreza em algum momento em cinco anos”, complicou Moreira Franco.
Em 2007, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada pareceu ter
alcançado o limite da audácia malandra ao descobrir como se faz para
mudar de categoria sócio-econômica sem sair do lugar. De um dia para
outro, as famílias cuja renda mensal superava a marca dos R$1.063
souberam que haviam sido transferidas para a classe média. Como registra
o este post, o governo Lula inventou o pobre que sobe na vida sem deixar a pobreza.
Ainda mais ousado que os alquimistas do IPEA, Moreira Franco também
prometeu criar um “instrumento de pesquisa” chamado Vozes da Classe
Média. “Queremos saber quais são as aspirações e os desejos desse novo
universo”, explicou o milagreiro de araque. A pesquisa é dispensável:
100% dos entrevistados dirão que tudo o que querem é viver como vive
gente da classe média de verdade.
Estudos recentes atestam que os mendigos que esmolam nas esquinas de
São Paulo ganham, em oito horas de expediente, entre R$35 e R$40 . Em 25
dias, embolsam de R$875 a R$1.000. Os pedintes das ruas, portanto, não
têm nada a pedir ao governo Dilma Rousseff. Ganham mais que a classe
média do Brasil Maravilha. São mendigos ricos".
Por Augusto Nunes
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